Carta de darwin

Minha querida Emma ,
Escrevo-te para pedir desculpa pela minha ausência, sei que não tenho dado notícias mas o trabalho por aqui tem abundado nos últimos tempos. Espero que compreendas este meu descuido, sabes que estás sempre no meu pensamento.
Tenho que te contar tudo sobre esta minha viagem fascinante, e sobre as teorias que tenho desenvolvido aqui.
Esta viagem está a ser excelente pois estou a ter a oportunidade de alargar os meu horizontes e expandir as minhas ideias, sinto-me mais vivo, durante esta viagem estou a experienciar coisas que nunca imaginará, parece que a minha mente está a acordar e a ver outro mundo, com uma visão muito diferente da antiga.
Vou falar-te da teoria que estruturei aqui nesta viagem, nas coisas que descobri, nos meus argumentos e nos dados que me fundamentei. Penso que a minha esta minha descoberta pode mudar o mundo e a maneira como pensamos.
Durante a minha viagem recolhi inúmeros fosseis de organismos extintos na terra mas com uma evidente relação entre os animais actuais, após ter ponderado no assunto cheguei á conclusão que as espécies antigas originaram as espécies da nossa actualidade. Apercebi me também que nos Andes, a milhares de metros de altura, existem fósseis de animais marinhos, fosseis esses que foram criados num ambiente marinho mas que após inúmeros sismos e um longo período de tempo foram elevados até á posição em que se encontram, conclui isto após ter sentido um sismo de grande magnitude e de ter observado as suas consequências. A obra de Lyell “ Principles of Geology” foi a minha base para esta alegação, pois tive a oportunidade de a ler a bordo. A resposta que encontrei foi que á semelhança das transformações geológicas, a vida dos seres vivos experienciou, ao longo dos tempos mudanças contínuas e graduais.
Enquanto explorava a Argentina, constatei que existem duas variedades de emas neste local, a grande ema que habita o norte e a pequena ema que habita o sul deste país. Estas espécies estão separadas