Carnelutti, francesco. a arte do direito. são paulo: russel, 2006.
O autor utiliza-se de comparações para definir o que é o Direito, conceituando - o como um caminho de planícies e montanhas que carece de voltas para entendê-lo.
Alegando que o Estado é um arco e o Direito é a armadura, que previne o desmoronamento do arco. O arco pode ficar sem armadura, porém não existe nada para unir os tijolos, se não houvesse a armadura.
Sendo assim, define a necessidade da existência e da perduração do direito através dos tempos quando faz comparação do direito aliado ao mundo.
Nas Relações entre país e filhos, é dispensável à utilização do Direito porque existe o amor. O Estado de Direito não é perfeito, uma vez que Estado perfeito é quando os tijolos se unem por uma força interior e não são sustentados por um arco.
Um homem, que é sujeito a fazer o que não ama, não tem liberdade já que um homem livre possui um domínio sobre si mesmo.
O autor afirma que o verdadeiro direito é o que ordena o que une o que liga sendo a força e para que o mesmo seja aplicado o primeiro passo é descobrir a verdade, que para ele é o amor, isso fica bem claro na frase relatada por ele “enquanto os homens não souberem amar, precisarão de um juiz e de um guarda para tê-los unidos”.
Vale ressaltar que para o autor a comparação é a forma de explicar o que é Direito, mas o mesmo deixa em dúvida e leva os juristas a repensarem o seu papel ao comparar suas ideias na juventude e as da velhice, pois antes era a ciência ou a visão do jurista que prevalecia e na velhice a experiência faz com que os conceitos mudem.
Percebe-se que o Francesco Carnelutti tem a intenção de fazer o leitor entender o que é o direito, empregando comparações da vida cotidiana, bem como elencando a necessidade da coesão entre o povo e indicando que o direito é a armadura do Estado.
Diante da leitura deste capítulo, percebe-se que o autor reforça a necessidade das pessoas se unirem mais pelo amor, como país e filhos,