Carnaval
Gostei muito do comentário da jornalista, não porque eu me identifique totalmente com o que ela disse, mas principalmente porque ela teve coragem de emitir uma opinião contrária à que predomina na mídia.
Ela começa dizendo que já brincou muito o carnaval, mas que, atualmente, isso está difícil. E ela termina dizendo que o carnaval já foi bom "nos tempos de outrora". Ou seja, ela compartilha da opinião de muitos, de que o carnaval pode ser bom, se festejado adequadamente.
No entanto, ultimamente tem sido difícil festejar assim o carnaval, cuja origem brasileira e popular ela desmistifica, diante do que essa festa representa hoje: milhões gastos com astros da música, ambulâncias não disponibilizadas durante o ano passam a ser usadas para atender bêbados, os benefícios econômicos ficam concentrados nas mãos de poucos, há imoralidade sexual disseminando várias DST's e levando à diversas gravidezes indesejadas...
Bom, esse é o argumento dela, muito importante exatamente porque, por sua parcialidade no sentido de apontar alguns dos efeitos negativos do carnaval, faz um contrapeso em uma balança que está toda pendente para o outro lado! Afinal, você não vê, nas maiores emissoras, opiniões diferentes sobre o carnaval: elas são unânimes em afirmar que o carnaval é apenas bom, uma festa genuinamente brasileira e popular. Ou seja, essas emissoras também estão sendo parciais - o que não é, em si, um problema.
Mas, como eu afirmei no início, eu não me identifico totalmente com esse argumento dela. Embora o considere importante, já discordo de seu ponto de partida, o de que o carnaval pode ser bom.
Festa da carne! Como isso pode ser bom? O que fez Jesus Cristo, senão mostrar, por exemplo nas conversas com os fariseus, o quão contraditórios eles eram, por quererem viver de modo agradável a Deus, mas viverem de modo carnal...
Sim, essas coisas são contraditórias: ou você vive de modo a satisfazer os próprios desejos carnais, ou vive de