Carimbó manifestação cultural
CARIMBÓ OU CURIMBÓ: Segundo Bruno de Menezes, o carimbo no Pará tem uma classificação especial que podemos descrevê-la da seguinte maneira:
Carimbó praieiro: da Micro-região do salgado.
Carimbó pastoril: de Soure (Micro-região de campos de Marajó).
Grupo de Tradições Marajoara Os AruãsCarimbó agrícola ou rural: de Santarém, Óbidos e Alenquer (Médio Amazonas Paraense).
O carimbó ou curimbó é uma manifestação folclórica constituída de coreografia, ritmo e cantoria. Teve, provavelmente, origem negra (o batuque), e sofrendo, um processo de aculturação, peculiar influência indígena, deixando de ser dança de negros, para se tornar dança em que predominam caboclos e mestiços.
A denominação de carimbó ou (curimbó) é aplicada, indistintamente, ao instrumento, à dança e à música.
Sobre o instrumento, Vicente Chermont de Miranda disse: “É feito de tronco, internamente cavado, de cerca de um metro de comprimento e de 0,30 de diâmetro; sobre uma das aberturas se aplica um couro descabelado de veado, bem entesado. Senta-se o tocador sobre o tronco, e bate em cadência com o ritmo especial, tendo por vaquetas as próprias mãos. Usa-se o carimbó na dança denominada batuque, importada da África pelos negros cativos.
Quanto à dança, relata Vicente Sales: “A configuração coreográfica mais geral é a de uma grande roda que circula pelo salão durante algum tempo; às vezes a roda se desfaz e os pares volteiam, sem se tocar, ou permitem a encenação de solistas.”
No que diz respeito à música, inegavelmente, a base está nos tambores, que recebe a complementação de flauta, xeque-xeque, clarinete, cavaquinho e violão ou até violino, sendo que com muita raridade.
DESFEITEIRA: A desfeiteira, como o curimbó, o marambiré e várias outras manifestações folclóricas como o camelu, constituem o MARABAIXO, nome geral pelo qual se designa o conjunto de manifestações profanas, enquanto a expressão SAIRÉ ficava reservado aos aspectos religiosos da festa.