Cardiopatias congênitas e malformações extracardíacas
Conforme Mitchell et al a cardiopatia congênita trata-se de uma anormalidade estrutural macroscópica do coração ou dos grandes vasos intratorácicos, com repercursões funcionais significantes e sendo considerada um dos defeitos congênitos mais frequentes, correspondendo a 40% deles. De acordo com Bosi et al ,devido a maior detecção de defeitos menores pela ecocardiografia com Doopler, a prevalência de cardiopatias congênitas vem aumentando significamente. É importante salientar que a melhora nos cuidados clínico-intensivistas, cirúrgicos e anestésicos vem proporcionando uma maior sobrevida e consequentemente um maior número de adultos portadores dessa condição.
As cardiopatias congênitas trazem grande impacto nos custos para os serviços de saúde e são consideradas a maior causa de morbimortalidade das crianças, apresentando a maior causa de mortalilidade entre as malformações congênitas. Também são descritas as malformações extracardíacas que trazem também um maior risco de morbimortalidade, tornando a cirurgia cardíaca mais arriscada.
Pacientes com cardiopatia congênita, normalmente trazem associada a essa condição anormalidades extracardíacas, incluindo as abdominais e/ou associadas a síndromes genéticas, observadas em 7 a 50% dos casos de cardiopatia congênita. Devido a esse fator alguns autores vem discutindo a importância e o custo benefício da triagem de crianças portadoras de cardiopatia congênita à procura de anormalidades extracardíacas por meio de exames complementares, como o ultrassom abdominal.
Vários estudos foram realizados para avaliar a