Caravaggio
Oficialmente, a adoração à santa na Serra, cuja devoção já existia na Itália desde 1432, se iniciou em 1879, considerado o ano 1 da romaria na região.
Segundo registros históricos da época, os imigrantes desejavam ter um lugar decente para rezar. Naqueles anos, Linha Palmeiro não passava de uma terra estranha, cercada de pinheiros com mais de 40 metros de altura e infestada de animais selvagens, como cobras e pumas, por exemplo. Os encontros religiosos se resumiam a reuniões nos barracões das famílias, onde se rezava o terço e se cantava as ladainhas a Nossa Senhora. Em raras vezes, a localidade recebia a visita de um padre, que precisava se deslocar da comunidade de Dona Isabel, hoje Bento Gonçalves.
De acordo com historiadores, os imigrantes Antônio Francesquet, cuja casa já havia servido como lugar para missas, e Pasqual Pasa tiveram a ideia de construir um pequeno oratório. O projeto foi mantido em segredo. Eles derrubaram um pinheiro, serraram as tábuas e construíram um galpão de três metros por quatro metros, com alpendre na entrada, em frente ao lugar onde hoje fica o cemitério de Caravaggio.
Assim que o oratório ficou pronto, as famílias se ofereceram para ajudar com recursos e mão-de-obra, transformando o modesto espaço em uma capela com capacidade para não mais que 100 pessoas. Até logo após o fim da obra, ainda não havia qualquer imagem religiosa no interior da capelinha. Nossa Senhora de Caravaggio, aliás, nem estava cogitada para a dar nome nem ser a maior referência religiosa da comunidade. Como Antônio Francesquet era um dos