Caracterização do monoteísmo Hebraico segundo Maria Nazareth,

Caracterização do monoteísmo Hebraico segundo Maria Nazareth, síntese por Jéssica Nathalia

Sabe-se que o reinado da Deusa perpetuou por muitos anos, as tentativas de rebaixar a mulher ainda eram feitas pelo homem, essa transição de poder que eles tanto buscavam gerou lutas, até que ela cedeu. »Não foi o homem que submeteu a mulher ao seu domínio, foi ela quem se deixou dominar; foi ela, estranho paradoxo, que se desfez de sua própria essência.«
O tempo passou e o pensamento do homem evoluiu, foi então que coube ao judaísmo apontar um Deus único, um que substituísse a Deusa-Mãe; assim lentamente a religião foi sendo substituída aos poucos pela religião do Pai todo-poderoso. Um só rei na terra, um só Deus no céu.
A caracterização se deu na afirmação e na crença de um só Deus, sem comparações e sem formas, um Deus imaginável, o ser que deu origem à tudo, caracterizado a somente um sexo: o Masculino, por meio do qual achou-se explicação para tudo, responsável pela vida e a morte, criador do primeiro homem e das primeiras mulheres. Ainda assim, com o surgimento do Deus único foram precisos vários séculos para que o povo abandonasse as antigas crenças e se voltasse para esse Deus único.
A figura da mulher como Deusa foi assim extinta, o que o homem sempre buscou havia se consolidado, tanto lutou que conseguiu, de tal forma que no mundo contemporâneo uma parte da sociedade não sabe da existência da Grande-Deusa, na bíblia e nas próprias histórias das religiões a presença da mulher foi oculta.