Caracterização de Embalagens de HDPE Fabricadas a Partir do Processo de Moldagem por Sopro
O polietileno é quimicamente o polímero mais simples que existe. É um tipo de poliolefina (polímeros oriundos de monômeros de hidrocarboneto alifático insaturado contendo uma dupla ligação carbono-carbono) e pode ser representado pela fórmula geral (CH2 - CH2)n. É um polímero commodities, com altíssima produção e baixo custo. Pode ser classificado em diferentes tipos, de acordo com o arranjo das cadeias:
LDPE (Polietileno de baixa densidade):
São polietilenos que possuem ramificações longas e em quantidade elevada, dificultando o empacotamento das moléculas, o que resulta em vazios dentro da massa polimérica. Possui em geral cristalinidade da ordem de 40%
LLDPE (Polietileno de baixa densidade linear): Assim como o LDPE possui ramificações na cadeia, porém essas ramificações são mais curtas e com distribuição relativamente homogênea. Além disso, as ramificações só partem da cadeia principal, diferentemente do LDPE em que ramificações maiores podem apresentar “ramificações secundárias”.
HDPE (Polietileno de alta densidade): Nesse tipo de polietileno as ramificações são praticamente nulas, ou seja, as cadeias são bastante lineares, podendo se empacotar de uma forma mais organizada e compacta. Assim, a cristalinidade pode chegar a uma porcentagem acima de 90%.
Também existe o UHMWPE (Polietileno de ultra alta massa molar, um termoplástico de engenharia, com excelentes propriedades mecânicas, resistência à abrasão e baixo coeficiente de atrito). E o PEX (polietileno reticulado, que também apresenta propriedades bastante particulares e normalmente é utilizado em tubulações). Em todos os casos, a síntese é feita através da polimerização em cadeia, tanto via radicais livres quanto iônica, com diferentes métodos para obtenção dos diversos arranjos estruturais e para o controle de massa molar. Por possuírem diferentes possibilidades de arranjo estrutural, por serem baratos e, em geral, de fácil processamento, os polietilenos