Caracterização de Anopheles

Caracterização cariotípica de duas espécies do gênero Anopheles Albitarsis da Amazônia.

O gênero Anopheles pertence à subfamília Anophelinae e compreende os subgêneros Nyssorhynchus, Kerteszia, Stethomyia, Lophopodomyia e Anopheles. As espécies do gênero Anopheles tem papel relevante na transmissão da malária. Foram identificadas cerca de 500 espécies, que podem ser encontradas em todos os continentes exceto na Antártida (Krzywinski & Besansky, 2003).
No Brasil são registradas 54 espécies, e as envolvidas na transmissão de malária pertencem aos subgêneros Nyssorhynchus e Kerteszia (Deane, 1986; Consoli & Lourenco De Oliveira, 1994). O principal transmissor da malária no país é o Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi, que e também o maior vetor antropofilico e endofágico das Américas (Foote & Cook, 1959), como mostram os testes de Ensaios Imunoenzimaticos, ELISA (Tadei & Thatcher, 2000). Entre esses anofelinos, 33 são encontrados na Amazônia, com alguns de importância epidemiológica. A malária é uma enfermidade grave de ocorrência mundial, que atinge milhares de pessoas no Brasil especialmente na Amazônia, onde cerca de 99% dos casos são registrados anualmente. Nessa região, há características geográficas e ecológicas altamente favoráveis à interação dos plasmódios falciparum, vivax e malarie com vetores anofelinos (Tadei et al., 1998). Um dos principais fatores que concorrem para os altos índices da malária na Amazônia é o impacto causado pelas modificações ambientais, levando ao desequilíbrio do habitat natural do mosquito, que passa a utilizar o homem como sua fonte de alimento, aumentando assim o grau de incidência de infecção por esses plasmodios (Tadei et al., 1998).
Quanto à determinação cariotípica das espécies do gênero anopheles e Aedes da Europa, Ásia e das Américas, estes se apresentam conservados com 2n = 6 cromossomos. Esses cariótipos têm dois pares de autossomos (II e III) e um par sexual. A morfologia dos pares II e III varia de meta a