Caracter sticas das diferentes abordagens qualitativas
Nas abordagens fenomenológico-hermenêuticas, o sujeito parece como interprete do objeto. As pesquisas buscam desvendar ou decodificar subjetivamente os pressupostos implícitos nos textos, nos discursos e nas comunicações.
Segundo Hermann, tais abordagens tematizam “a compreensão da experiência humana no mundo, que desde já se da interpretado”. O sujeito é sempre confrontado com o objetivo, ele o interpreta no sentido do contexto, buscando compreende-lo a partir do mundo histórico em que o mesmo ocorre. Gadamer propõe a compreensão da hermenêutica em um processo de diferenciação entre o método (cientifico) e a verdade, ou seja, ele não acredita na via metodológica estabelecida com passos previamente estipulados, como no caso do procedimento cientifico. Ele destaca a liberdade e a responsabilidade individual na interpretação do suposto implícito nos discursos. Tanto na perspectiva Gadamer, quanto na de Heidegger, temos a hermenêutica como recuperação do sentido; dessa forma o sujeito alcança a significação pela ocupação de um lugar determinado na historia, ou seja, não se trata de um método cientifico no sentido moderno, mas de um caminho do pensamento ajudando na dinâmica histórica.
A hermenêutica se preocupa com a alteridade que esta na linguagem e nas tradições. A tarefa é, portanto, vivenciar, pela interpretação os significados possíveis estabelecidos no dialogo com o mundo.
Nas abordagens Criticas-díaleticas, o sujeito aparece como elemento que se contrapõe ao objeto e vice versa. As pesquisas dessas abordagens desenvolvem-se por um caráter conflitivo, manifestam interesse transformado da realidade. Uma pesquisa critico-dialético requer do pesquisador uma postura histórico-social em relação ao objeto investigado. O sujeito e o objeto modificam-se e complementam-se, trata-se de uma relação dinâmica em que não há prioridade entre o sujeito e o mundo; ambos são participantes de um único processo.
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