Capoeira
CAPOEIRA, ARTE BRASILEIRA
Em meados do séc. XVI foram trazidos os primeiros escravos da África para o Brasil nos porões dos navios negreiros chamados de “tumbeiros”, amontoados como coisas, muitos africanos morriam em razão dos maus tratos, doenças e ferimentos, causados pelas condições desumanas a que eram submetidos.
Chegando ao Brasil, eram vendidos e conduzidos até as fazendas para executarem diversos serviços, entre eles os das lavouras de café e cana. Após o trabalho eram conduzidos às senzalas onde dormiam e praticavam a dança da zebra, uma dança tradicional utilizada para comemorar a caça bem sucedida na África.
Com o passar do tempo, perceberam que se utilizassem golpes ofensivos agregados às técnicas da dança, teriam um meio de defesa. Assim surgiu a arte marcial afro brasileira, criada por africanos no Brasil.
O local mais utilizado para a prática da luta fora das senzalas, era em matos rasos denominados capoeira, daí surgiu seu nome.
Os capoeiristas começaram utilizar dos conhecimentos e da força que conquistaram para se rebelar contra seus feitores e fugirem das fazendas e senzalas, formando cidades chamadas de quilombo, e entre eles o mais famoso foi o dos Palmares, liderado por Zumbi.
Acredita-se que foi assim o início da capoeira, a partir das senzalas, das fugas para os quilombos e para se defenderem, fazendo do próprio corpo uma arma. Não existem indicações de que a Capoeira tenha se desenvolvido em qualquer outra parte do mundo. Também não existem relatos históricos a respeito da capoeira nos séculos XVI a XVIII. Sendo difícil reconstruir o processo que levou a capoeira do campo à cidade.
Em 1888, a princesa Isabel assinou a lei Áurea e libertou legalmente os negros, que a partir daí não seriam mais tratados como escravos, mas sim como negros libertos.
No ano de 1889, nasce Vicente Ferreira Pastinha, o primeiro brasileiro a aprender a capoeira de angola, chamada assim em homenagem à cidade de