Capitulo 1 - a história da terapia cognitiva
BECK, Judith. Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 1997.
Desde a sua criação por Aaron T. Beck, na década de 60, os pressupostos teóricos da terapia cognitiva não mudaram, visando resolver problemas atuais e modificar pensamentos e comportamentos disfuncionais, comum nos distúrbios psicológicos. Desta forma, o terapeuta visa promover uma modificação no pensamento e nas crenças individuais que irá produzir melhoras no comportamento e no emocional do paciente.
A terapia cognitiva vem sendo utilizada para o tratamento de diversos transtornos, como por exemplo, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de personalidade, transtorno de estresse pós-traumático e depressão decorrente.
Parte importante do tratamento é ajudar o paciente a conseguir especificar o problema, identificar e avaliar a idéia disfuncional, esboçar um plano de ação, e verificar a efetividade da intervenção.
Existem 10 princípios da terapia cognitiva utilizadas a todos os pacientes:
1º A terapia cognitiva se baseia em uma formulação em continuo desenvolvimento do paciente e de seus problemas em termos cognitivos: busca refinar sua conceituação ao longo da terapia;
2º Requer uma aliança terapêutica segura: devendo possuir cordialidade, empatia, atenção, respeito genuíno e competência;
3º Enfatiza colaboração e participação ativa: a terapia vista como um trabalho de equipe;
4º É orientada em meta e focalizada em problemas: o terapeuta dá atenção aos obstáculos que impedem o paciente de alcançar suas metas;
5º Enfatiza o presente: foco sobre os problemas atuais, aquelas que no momento são mais aflitivas ao paciente;
6º É educativa, visando ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e prevenindo a recaída: ensina o paciente a estabelecer metas, identificar e avaliar pensamentos e creças e a planejar mudanças;
7º Tempo limitado – geralmente quatro a quatorze sessões;
8º As sessões são estruturadas: um formato estabelecido que