Capitulo 1 koch ipt unip
A importância da leitura é patente, o que se estuda neste texto é a concepção de leitura que decorre de outras concepções como: sujeito, língua, texto e de sentido que se adote.
Koch (2002) afirma que à concepção de língua como representação do pensamento corresponde à de sujeito psicológico, individual e dono de suas vontades e ações; nessa concepção de língua como representação do pensamento e de sujeito como um ego que constrói uma representação mental, o texto é visto como um produto lógico do pensamento, cabendo ao leitor o papel passivo de captar as idéias do autor e à leitura a capacidade de captação dessas idéias.
A concepção de língua como estrutura corresponde a de sujeito determinado, “assujeitado” pelo sistema, caracterizado por uma espécie de “não consciência” onde o texto é visto como simples produto da codificação de um emissor a ser decodificado pelo leitor, bastando para este apenas o conhecimento do código utilizado e para a leitura, a atividade do leitor de focar o texto em sua linearidade. Assim, se na concepção anterior cabia ao leitor o reconhecimento das intenções do autor, nesta concepção cabe-lhe o reconhecimento do sentido das palavras e estruturas do texto, sendo que em ambas o leitor é caracterizado por realizar uma atividade de reconhecimento.
Diferente das concepções anteriores, na concepção interacional (dialógica) da língua, os sujeitos são vistos como sujeitos ativos que dialogicamente se constroem e são construídos no texto; desse modo, há lugar para toda uma gama de implícitos somente detectáveis quando se tem o contexto sociocognitivo dos participantes da interação, assim o sentido de um texto é construído na interação texto-sujeitos e a leitura é uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos, na qual leva-se em conta as experiências e conhecimentos do leitor que