Em 1492, o navegador genovês, Cristovão Colombo, com o apoio dos reis Fernando e Isabel e financiado pelos recursos Coroa Espanhola, anunciou a descoberta de terras a oeste, estabelecendo a Espanha como concorrente direta de Portugal na exploração de novas terras e no controle de novas rotas comerciais. Até os fins do séc. XV, os portugueses empreenderam a expansão marítima comecial sem a competição de nenhuma outra nação do mundo. No ano de 1493, sob a tutela do papa Alexandre IV, os governos de Portugal e Espanha firmaram a assinatura da chamada Bula Intercoetera. Por esse acordo, uma linha imaginária de 100 léguas a leste do arquipélago de Açores dividiria os domínios lusitanos e hispânicos. A parte oeste ficaria sob a posse da Espanha e os territórios a leste seriam dominados pelos portugueses. A possível relação entre a anulação da Bula Intercoetera e a possível descoberta do Brasil, pelos portugueses, antes de 1500 se deve ao estranho fato de Portugal ter exigido uma nova negociação que viesse a satisfazer os seus interesses. Com a informação ou a descoberta de novas terras a Coroa Portuguesa ameaçou militarmente os espanhóis, caso não houvesse um novo acordo. Desse modo, o Tratado de Tordesilhas poderia ser um modo de garantir a posse do território brasileiro, antes que sua “descoberta” fosse oficialmente anunciada. O Tratado de Tordesilhas foi assinado em junho de 1494, por Portugal e Espanha , que definiu as fronteiras coloniais a serem exploradas a partir do contexto das Grandes Navegações.Não tendo capital necessário devido ao insucesso dos negócios do Oriente (Índias) para realizar a colonização da grande extensão territorial do Brasil e com a experiência bem sucedida dessa organização dos portugueses nas ilhas do Atlântico: Açores, Madeira, Cabo Verde, o rei D. João III instituiu o regime das Capitanias Hereditárias em 1534. O Brasil foi dividido em lotes de terras ("Capitanias"), doadas a Capitães (Donatários). Começavam no