capitalismo

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http://www.cp2.g12.br/blog/perspectivasociologica/edicoes-anteriores/jan-jul-2011-no-6-e-7/pensando-um-filme-pensando-um-mundo/
O filme começa na infância de Rebecca, num retrato perfeito da ideologia capitalista: “Quando eu olhava para as vitrines, via outro mundo. Um mundo de sonho repleto de coisas perfeitas. Um mundo onde as meninas crescidas compravam o que queriam. Eram lindas como fadas e princesas. Nem precisavam de dinheiro, tinham cartões mágicos”, ela narra. Neste trecho, podemos perceber a inocência de uma criança sendo usada pelas armas de divulgação capitalistas (neste caso, as vitrines) para um controle ideológico. Assim são formadas as crianças no mundo capitalista.

Como afirma Teixeira Coelho, referindo-se a dialética de Engels, “o acúmulo de informação acaba por transformar-se em formação”, e podemos observar isto de forma clara neste início de filme: Becky via o sistema de mercado capitalista como um mundo de Paraíso, de sonho, perfeito, mágico, surreal. E ela incorpora esta concepção de mundo ao longo de sua vida, transformando-se em uma consumista compulsiva.

Ainda em relação ao efeito do controle ideológico capitalista sobre Rebecca, que incorpora um estereótipo bastante comum nos dias atuais, vemos na cena em que ela entra numa loja “enfeitiçada” por uma écharpe verde um diálogo entre o produto (isca de consumo) e o consumidor (Becky, o alvo de consumo). Isto nos mostra basicamente como atua na mente do cidadão que vive numa sociedade capitalista o estímulo ideológico ao consumo, usando o psicológico como objeto a ser manipulado.

Nesta cena, Becky tenta resistir ao impulso consumista, mas é persuadida. Teixeira Coelho (1985:24) nos auxilia quando argumenta que:

“a indústria cultural fabrica produtos cuja finalidade é a de serem trocados por moeda; promove a deturpação e a degradação do gosto popular; simplifica ao máximo seus produtos, de modo a obter uma atitude sempre