capitalismo
Os trabalhadores começam a procurar emprego na cidade, com o objetivo de melhorar de vida e fugir do trabalho rural. Dessa forma, o sujeito que antes tinha o seu lugar na sociedade garantido pela tradição, agora necessita do emprego para obtê-lo, visto que ele só é merecedor de respeito e reconhecimento se desempenhar funções necessárias ao fluxo do Capitalismo.
Sendo assim, a década de 1980 é marcada por transformações no mundo do trabalho, tanto nas formas de inserção na estrutura produtiva, quanto nas formas de representação sindical e política, sendo que estas afetaram a forma de ser, ou melhor dizendo, a subjetividade da "classe-que-vive-do-trabalho".
Com as diversas mudanças, houve a necessidade de um novo modelo de trabalhador, capaz de lidar com tecnologias e processos mais flexibilizados, reforçando-se assim a ideia e a exigência de um trabalhador participativo e flexível.
Mas é importante ressaltar que ao mesmo tempo que o mundo do trabalho, sob o escudo da acumulação flexível, provoca o individualismo e a competição, ocorre um apelo ao trabalho em equipe e este se sobrepõe a prática do trabalhador isolado em sua máquina dando conta de uma produção em série, visando assim a preocupação de produtividade.
No capitalismo flexível, embora o crescimento econômico tenha desacelerado, a lucratividade aumentou, e os ganhos do capital nunca foram tão altos e rápidos. Esse novo sistema de trabalho, das novas tecnologias, compreensão espaço/tempo e novas relações de trabalho, surge-se então uma nova forma de organização do tempo, especialmente no tempo do trabalho.
Com as novas regras de livre concorrência, a insegurança da vida sentimental se