Capitalismo
O período histórico no qual surge o capitalismo financeiro é marcado pela fusão do capital dos monopólios bancários e industriais. Segundo Paulo Sandroni, em seu Novíssimo Dicionário de Economia, a formação do capital financeiro, que corresponde às últimas décadas do século 19 e primeiras do século 20, resultou da elevada concentração e centralização do capital nos setores industrial e bancário, especialmente na Europa.
O capitalismo, enquanto sistema econômico e social passou a ser dominante no mundo ocidental a partir do século 16. A transição do feudalismo para o capitalismo ocorreu de forma gradativa e desigual no tempo e no espaço.
No capitalismo definem-se as relações assalariadas de produção. Há uma nítida separação entre os detentores da produção (ou seja, do capital) e os que possuem a capacidade de trabalho. Além disso, o capitalismo também se caracteriza pela produção em grande escala (voltada para o mercado), pelas trocas monetárias, pela organização empresarial e pelo espírito de lucro.
Considerando seu processo de desenvolvimento, costuma-se dividir o capitalismo nas seguintes fases:
Pré-capitalismo
Período da economia mercantil, no qual a produção se destina a trocas e não apenas ao uso imediato. Não se generalizou o trabalho assalariado; os trabalhadores vendiam o produto de seu trabalho - mas não o seu próprio trabalho.
Capitalismo comercial
Esta fase se estendeu do final do século 15 até o século 18. Apesar de predominar o produtor independente (artesão), generaliza-se o trabalho assalariado. Lucrava mais quem comprava e vendia a mercadoria, não quem a produzia.
Capitalismo industrial
Foi marcado por grandes transformações econômicas, sociais, políticas e culturais. O comércio não era mais a essência do sistema; o lucro era o principal objetivo. O trabalho assalariado se instala, em prejuízo dos artesãos, separando claramente os possuidores dos meios de produção e o exército de trabalhadores.