Capitalismo at Classe Social
Pedrinho Guareschi - EdiPUCRS
Capítulo VI – Capitalismo
O autor deve nos esclarecer o que podemos entender por capitalismo.
Inicia com a definição de sobrevivência: é, principalmente, ter as coisas necessárias para comer, vestir, morar, etc. Essa maneira podemos chamar de modo de produção.
As forças produtivas são, em geral, iguais em todos os sistemas. Na época dos nômades eram as terras e o trabalho. No sistema cooperativista é o trabalho dos cooperativados na terra ou nas fábricas. No capitalismo ocorre o mesmo. Então o que faz a distinção entre os sistemas? As relações (relações produtivas) entre o capital e o trabalho e também entre as pessoas. Vejamos mais a fundo:
Nas cooperativas a relação entre as pessoas é de cooperação e as relações entre capital (terras e fábricas) e trabalho (pessoas) são de apropriação (posse). Para chegar a essa distinção devemos nos dar conta de que as terras e fábricas em um sistema cooperativo pertencem aos cooperados. E o lucro é de todos que lá trabalham.
No capitalismo a relação entre as pessoas é de dominação e as relações entre capital e trabalho são de exploração ou expropriação. Nesse sistema a relação entre as pessoas não são todas iguais, porque uns são donos do capital e outros são os que trabalham. A palavra dono vem do latim “dominus”, por isso dizemos que a relação entre o dono da fábrica e o seu funcionário é de dominação ou subordinação. Para chegar a segunda relação nomeada antes devemos entender o que significa a palavra valor. Podemos dizer que a única coisa que dá valor a algo é o trabalho humano empregado para fazer essa coisa. De modo que valor é diferente de preço. O preço do quilo do feijão pode variar, porém o valor do trabalho humano aplicado na sua produção é o mesmo. Valor também é diferente de utilidade, se uma caneta não funciona, não é útil, mas o seu valor é o mesmo. Por isso o valor do trabalho humano é o que faz mover o mundo. Quando não existia