capital social
Rosa Valentim
RESUMO
A formação social e econômica das diferentes cidades expressa a desigualdade do ritmo do desenvolvimento econômico próprio das regiões. Reflexões sobre o estoque de capital social, bem como a adequação da teoria do capital social para a compreensão do dinamismo econômico das cidades de Rio Pardo e Santa Cruz do Sul, na região do Vale do Rio Pardo – RS, serão o foco do estudo que será apresentado aqui. Neste estudo, serão analisadas, em primeiro lugar, as razões econômicas que levaram ao padrão produtivo da região. Em seguida, foi examinada a estrutura social do Vale do Rio Pardo, a partir da abordagem do capital social. O estudo iniciou-se com a formação sócio-econômica riograndense, bem como da região do Vale do Rio Pardo, enfocando a díade estância-charqueada, considerada a chave para o entendimento da formação tanto do Estado como da região.
Palavras – Chaves: desenvolvimento sócio-econômico, capital social
1. INTRODUÇÃO
A dinâmica do desenvolvimento contemporâneo está configurada pela globalização econômica, valorização do capital financeiro e relações dominantes que se realizam através de redes de controle das informações, da apropriação do conhecimento e da capacidade de coordenação financeira global (Becker, 2000).
O processo de desenvolvimento no Brasil mostra as desigualdades econômicas e sociais entre os municípios e os diferentes espaços econômicos e sociais. O entendimento das características locais, dos mecanismos econômicos e institucionais fornece os fundamentos necessários para compreendê-las.
As teorias econômicas de desenvolvimento exógeno baseiam-se na hipótese de que a tendência do crescimento depende crucialmente dadddd existência de avanço tecnológico, muitas vezes derivado da evolução do conhecimento científico, estes também exógenos.
Contudo, as mais recentes teorias apresentam novos enfoques que