Cap II Longa Jornada com a FEB na It lia
No início do conflito, o Brasil manteve a neutralidade.
Por sua posição geográfica privilegiada, relativamente próximo da África Ocidental, era um parceiro cobiçado, tanto por países do Eixo quanto pelos Aliados.
Ao tomar posição favorável aos Estados Unidos, o Brasil tornou-se alvo dos submarinos alemães, que passaram a atacar navios mercantes brasileiros em rotas de abastecimento para a indústria dos Estados
Unidos, em águas internacionais, e em navegação de cabotagem, ceifando a vida de centenas de brasileiros, inclusive mulheres e crianças.
Após o ataque japonês à base dos Estados Unidos na
Ilha de Pearl Harbour, no Oceano Pacífico, o Brasil, em janeiro de 1942, anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Alemanha e a Itália, com base na
“Carta do Atlântico”, que previa o apoio recíproco entre os países americanos, em caso de ataque a algum destes por qualquer potência extracontinental.
O descontentamento ante o desacato à nossa soberania foi crescente, a partir de então. O povo saiu às ruas para pedir que o governo tomasse posição ativa frente a esses atos hostis. Por vezes, excedendo os limites da razão, a população depredou consulados e repartições ligadas aos países do Eixo, casas comerciais e até residências de descendentes de alemães e italianos. Em Santa Maria, há relatos de apedrejamento a residências de descendentes de alemães, sendo necessária a utilização de forças federais, a fim de evitar depredações e incêndios.
Feito isso, o Brasil aumentou a sua atividade militar, visando à segurança do litoral, e concedeu aos Estados
Unidos o uso de bases aéreas no Norte e no Nordeste, a fim de facilitar a ligação aérea entre a América e a
Europa, usando a África como escala. Em contrapartida, os Estados Unidos se comprometeram a fornecer equipamentos mecanizados e armamento, visando à modernização das Forças Armadas, além de auxiliar na defesa do território brasileiro, caso fosse necessário.
Atendendo ao clamor