Cap. 9 "Noções Gerais", 1°ano ensino médio
Um dos componentes fundamentais do núcleo das células eucariontes é a carioteca, também conhecida como envoltório nuclear, envelope nuclear, invólucro nuclear ou, ainda, cariomemebrana. Trata-se de uma complexa estrutura, constituída por duas membranas lipoproteicas justapostas e revestidas internamente por uma lâmina de filamentos proteicos.
A membrana mais externa da carioteca tem continuidade com as membranas do retículo endoplasmático e apresenta ribossomos aderidos à superfície em contato com o citoplasma. A membrana mais interna da carioteca apresenta uma constituição química ligeiramente diferente da membrana externa. Em determinados pontos da carioteca, as duas membranas encontram-se fundidas originando poros, através dos quais ocorre troca de substâncias entre o núcleo e o citoplasma. Entre as duas membranas, existe um espaço curto denominado cavidade perinuclear.
Na parte interna, encontra-se aderida à carioteca a lâmina nuclear, formada por uma rede de filamentos de proteínas de aproximadamente 10nm de espessura, cuja função é conferir sustentação e manter a forma do envoltório nuclear. Durante a divisão celular, a carioteca é desintegrada e as proteínas que compõem a lâmina nuclear são fosforiladas; no final do processo (telófase), ela é novamente formada nos núcleos resultantes.
A carioteca permite que o conteúdo nuclear seja quimicamente diferenciado do meio citoplasmático, assim, somente as moléculas apolares menores têm livre passagem, por difusão, pelas membranas lipoproteicas da carioteca. Substâncias maiores, como proteínas, RNA e moléculas polares, só podem entrar ou sair do núcleo por meio dos poros nucleares.
Em cada poro nuclear existe uma espécie de válvula denominada complexo do poro, estrutura protéica que se abre permitindo a passagem de algumas moléculas (especialmente as hidrossolúveis) e fecha-se em seguida. Estima-se que exista cerca de 2000 poros nucleares na carioteca de uma célula de um vertebrado, no entanto,