Candomblé

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Candomblé – Concepção de vida e morte

O Candomblé deve ser entendido como um conjunto mais amplo que envolve, para além dos compromissos religiosos, uma filosofia de vida, uma maneira especial de interação do homem consigo mesmo, com a natureza, com o seu passado, com a sua origem e sua especificidade cultural, sem perder de vista suas relações profundas com outros segmentos sociais, igualmente comprometidos com o processo que elabora e particulariza a formação da sociedade brasileira.

No Candomblé, acredita-se que a morte não é um fim, mas sim uma transição. O homem deve cumprir seu objetivo na terra para que esteja preparado para a morte. Quando isto acontece, são realizados os rituais fúnebres, e ele pode se transformar em um ancestral digno de respeito e admiração. Quando o homem não cumpre seu objetivo, os espíritos vagam entre o céu e a terra (Órun e Aiyê), podendo até influenciar de forma negativa os mortais.

Ainda acredita-se no Candomblé, que o morto, recentemente falecido, pode vir a perturbar os vivos. Há para isto diversos motivos, ou porque ele se sente ligado aos que amou, ou porque deseja ser ajudado a desvencilhar-se dos vínculos com o mundo material, etc.

Os ritos fúnebres têm um lugar especial no Candomblé. Eles estão vinculados ao próprio equilíbrio da vida, sendo a morte um momento de transformação.

Um ritual muito utilizado no Candomblé é o Axexê, que tem como função libertar o espírito das relações com o mundo dos vivos e ‘encanminhá-los’ ao mundo dos

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