Candomblé
O candomblé é um culto religioso africano que se espalhou para alguns países do mundo, sofrendo adaptações nos lugares em que se difundiu. Incorporou elementos das religiões indígenas, catolicismo e espiritismo. É uma das religiões de matriz africana mais praticadas, tendo dois milhões de seguidores em todo o mundo, principalmente no Brasil
Foi trazido ao Brasil pelos escravos nagôs (iorubas) a partir do século XVI, mas também era praticado por escravos vindos de outras regiões da África, com semelhanças e diferenças culturais. Ela cultua os orixás, que são deuses das nações iorubas, que representam elementos da natureza. Como os portugueses julgavam esses cultos como feitiçaria e os proibiam, os escravos passaram a associar os orixás a santos católicos, o que acabou, com o tempo, gerando o sincretismo religioso típico do Brasil.
O candomblé é uma religião monoteísta, embora alguns defendam a ideia de que são cultuados vários deuses, o deus único para a Nação Ketu é Olorum, para a Nação Bantu é Nzambi e para a Nação Jeje é Mawu, são nações independentes na prática diária e em virtude do sincretismo existente no Brasil a maioria dos participantes considera como sendo o mesmo Deus da Igreja Católica.
Para seus seguidores há um deus supremo, e mais de cem orixás. Os orixás são mensageiros de Deus encarregados de governar o mundo e de intervir em favor dos homens e puni-los quando necessário. O orixá não é bom nem mau, mas exige obediência absoluta do crente. A obediência ao orixá ocasiona proteção e generosidade por parte dele, já a desobediência ocasiona castigos, que podem vir como doenças, perda de bens, etc. Os orixás têm individuais personalidades, habilidades e preferências rituais, e são conectados ao fenômeno natural específico.
O candomblé é praticado em locais chamados “terreiros” e, durante o ritual, os orixás são incorporados por certos praticantes (pais de santo e mães de santo), sendo acompanhados de cânticos, de tambores, de oferendas e