Cancer-resumo geral
Introdução
Sem dúvida, o câncer é um dos maiores males que assola a humanidade. Estima-se que, em todo o mundo, 10 milhões de novos casos tenham sido diagnosticados durante o ano 2000, cerca de novecentos mil só nos EUA. Apesar de todo progresso que a compreensão dos mecanismos moleculares trouxe ao diagnóstico, à terapêutica e à prevenção da doença, em especial nos últimos 25 anos, a sobrevida do paciente com câncer pouco mudou. A cada ano, cerca de 400 mil americanos morrem de neoplasias diversas. No Brasil, o Ministério da Saúde registrou 114 óbitos por câncer para cada 100 mil habitantes em 1999 (WARD, 2002).
As principais características das células neoplásicas, que as distinguem das células normais, são a proliferação descontrolada, indiferenciação e perda da função, poder de invasão e de geração de metástases (BERNARDI et al, 2003).
No que tange ao tratamento, uma das principais dificuldades no uso da quimioterapia antineoplásica, está relacionada ao avançado estado em que o tumor, geralmente, se encontra por ocasião do diagnóstico. Os agentes antineoplásicos tradicionais, em particular os que são citotóxicos, afetam, em sua maioria, apenas uma das características das células cancerígenas, o processo de divisão celular, sendo, portanto, apenas antiproliferativos. Esses fármacos não exercem nenhum efeito inibidor específico sobre o poder invasivo, a perda da diferenciação ou o poder metastático. Além disso, como seu efeito principal é exercido sobre a divisão celular, eles afetam todos os tecidos normais que se dividem rapidamente, produzindo então, em maior ou menor grau, os conhecidos efeitos colaterais de uma quimioterapia. Ressalta-se ainda que os próprios agentes antineoplásicos podem, em certas circunstâncias, ser carcinogênicos, tornando-se, assim, altamente tóxicos para o paciente (OLIVEIRA & ALVES, 2002; BERNARDI et al., 2003).
Um grande esforço está sendo realizado na tentativa de encontrar a cura definitiva para o câncer ou