Camara de Armazenamento para uva it lia
Anna Karoline de Sousa Lima
INTRODUÇÃO
Perdas significativas ocorrem durante o armazenamento e a comercialização de uvas de mesa devido, principalmente, à ocorrência do mofo cinzento (Botrytis cinerea Pers.:Fr.) e, para o controle de patógenos emprega-se, geralmente, o dióxido de enxofre (SO2 ). Diante da restrição crescente ao uso de produtos químicos em pós-colheita, tem ocorrido considerável interesse em métodos alternativos de controle. (CAMILI, et.al, 2007)
O armazenamento a frio é um dos processos utilizados na conservação de alimentos perecíveis, essa técnica retarda as deteriorações devido à produção do calor vital e a liberação do CO2, decorrentes da respiração. (PESSÔA, 2010)
As uvas foram trazidas para o Brasil pelos primeiros imigrantes europeus que iniciaram o cultivo em terras e clima que mais se aproximavam da sua origem. Mais tarde, verificou-se que poderiam ser cultivadas sobre altas temperaturas e condições do semi-árido brasileiro no Nordeste. Assim, surgiu a uva tropical de alta qualidade, saudável e extremamente doce. (MAPA, 2014)
A produção, o consumo e a exportação de uvas no Brasil continua a crescer, tendência que se observa desde meados da década de 1990. Esse crescimento se concentra basicamente em produtos de qualidade diferenciada, destinados a um público de elevado poder aquisitivo e altamente exigente (AGRIANUAL, 2002, apud. CAMPOS, 2010).
A viticultura brasileira ocupa, atualmente, área de 81 mil hectares, com vinhedos desde o extremo Sul até regiões próximas à Linha do Equador. Duas regiões se destacam: o Rio Grande do Sul por contribuir, em média, com 777 milhões de quilos de uva por ano, e os polos de frutas de Petrolina/ PE e de Juazeiro/BA, no Submédio do Vale do São Francisco, responsável por 95% das exportações nacionais de uvas finas de mesa. (MAPA, 2014)
A partir do exposto, o objetivo do trabalho foi o dimensionamento de uma câmara de armazenamento