CAMA DE HOTEL

Análise do texto:

CAMA DE HOTEL
Prostituição e meios de hospedagem em Brasília de Sérgio Maggio

A estigmatização das profissionais do sexo
“A prostituta está num outro extremo, marginalizada por comercializar o seu corpo e violar todos os dogmas culturais da essência de ser mulher. Existiam para sustentar a rigidez do mundo masculino e possibilitar aos homens escapes para realização das suas fantasias sexuais, não permitidas com suas castas esposas. Estabelecendo, assim, a dualidade mulher/santa x mulher/puta, reproduzida pela religião como Maria x Eva.” (BRANCA, 1991)

Prostituição e legalidade:
Prostituição como ocupação
“Manter por conta própria ou de terceiros casa de prostituição ou lugar destinados para encontros com fins libidinosos, haja ou não, intuito de lucro ou mediação direta de proprietário ou gerente.”
A pena varia de dois a cinco anos de prisão e multa.

“Induzir ou atrair alguém à prostituição, facilitá-la ou impedir que alguém a abandone.”
A pena varia de dois a cinco anos de prisão e multa.

“Quem tira proveito da prostituição alheia, participa diretamente dos seus lucros ou é sustentado por quem a exerce.”
Pena de um a quatro anos e multa.

ENTREVISTAS
“Eles defendem a gente de muita coisa. Já botaram malandro pra correr.”
“Tem mulher que não se valoriza, antes dar de graça do que cobrar R$ 30,00. Comigo é R$ 70,00 e sem anal.” “Desisto, sempre que vejo que está bêbado ou drogado.” “O perigo é o cliente. A gente nunca sabe. Já pulei do carro num sinal porque desconfiei de um.”

Da rua para dentro do quarto
• Demanda de clientes
• Abordagens: Direta e Indireta
• Caso de polícia

Acessibilidade aos hotéis
“Não há impedimentos com os hotéis. Nenhum cria dificuldade, basta se identificar na entrada. O cliente tem apenas que pagar uma taxa”
“ Tem hotel em que já tenho ficha e subo sem problemas.” “As vezes, eles barram por causa da roupa. Tem que ter boa apresentação “

• Porque hotéis e não motéis?

• Exploração indireta da prostituição
“Se