caju

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DO POEMA: CHUVA DOS CAJUS
Estrato gráfico
O estrato gráfico – aqui, verifica-se o formato do texto: o tamanho dos versos (ou parágrafos), a pontuação, se há versos mais longos que os outros, se há palavras em itálico ou em negrito, ou escritas com maiúsculas etc. Na poesia concretista, o aspecto gráfico tem muita importância, mas em todo texto, é bom verificar se, graficamente, o texto oferece alguma pista para o analista
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O poema “Chuvas dos cajus”, Dom Aquino Corrêa, apresenta a forma poemática de um soneto, forma fixa, com um esquematismo de estrofes, versos, metro e rima. Dessa maneira, é composto de 14 versos decassílabos, sendo dois quartetos e dois tercetos.

Estrato fônico
O estrato fônico - verificadas as questões gráficas, o analista vai dirigir sua atenção às questões fônicas que apareçam no texto: a combinação de sons graves e agudos, abertos e fechados, as rimas, o ritmo e, se houver, as figuras fônicas: aliterações, onomatopeias, ecos etc.
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O poema é constituído de catorze verso decassílabos, fonicamente ligado entre si pelo esquema rítmico, Chuva dos Cajus, Abba/ Abba/ ccd/eed, isto é, quanto ao posicionamento, as rimas se classificam em alternadas, pobres, pois são formadas por palavras da mesma categoria gramatical. Dom Aquino
Corrêa demonstrou preferência pelo soneto e pelos decassílabos.

Estrato léxico-sintático
- O estrato lexical - aqui, o analista vai prestar atenção aos aspectos morfológicos que compõem o poema: os prefixos, sufixos, neologismos, arcaísmos. O vocabulário do texto, as expressões expletivas, as classes de palavras empregadas de maneira especial. Verificar também as figuras de palavras: metáforas, metonímias etc.
- O estrato sintático - aqui, serão verificadas as construções do poeta: concordâncias, regências, colocação de palavras... Verificar as figuras de construção: elipse, zeugma, silepse etc. e as de pensamento: ironias, antíteses, personificações, paradoxos