Caixa 2014
I. Introdução
Vivemos, atualmente, numa época onde os modelos do culto a Deus perderam seus parâmetros. Esta não é uma realidade apenas no Brasil, é algo que está acontecendo no mundo inteiro. Cristãos de várias igrejas não se entendem quando o assunto é forma de se adorar a Deus. Cruzar os braços, aceitar qualquer proposta ou colocar-se como exclusivista são alternativas que já começam a marcar as liturgias (o serviço a Deus). Sendo o assunto pertinente e relevante, o cristão precisar de instrução da Palavra de Deus para que o seu culto seja uma adoração que agrade a Deus.
A palavra liturgia soa estranha aos ouvidos de muitos evangélicos atuais. Para eles, esse termo sugere um culto excessivamente formal, rígido e sem vida, mero tradicionalismo herdado do passado. Daí a preferência em muitas igrejas por um estilo de adoração mais espontâneo e participativo, sem fórmulas pré-estabelecidas. No entanto, essa maneira de cultuar a Deus não está isenta de sérios problemas nos dias de hoje. O culto contemporâneo tem se desviado a tal ponto dos padrões bíblicos e históricos que muitos crentes estão começando a sentir a falta de uma liturgia mais reverente e disciplinada. A experiência cristã ao longo dos séculos é rica de ensinamentos sobre esse tema polêmico. Alderi Souza de Matos. Liturgia e culto: reflexões à luz das Escrituras e da história cristã
Sinceramente precisamos fazer as seguintes perguntas hoje: O que deve ser aceito no culto,qual o papel do homem,até que ponto somos livres para expressar nossas emoções,será possível algum entretenimento no culto público,etc?
Hoje, muitos evangélicos abandonaram por completo formas litúrgicas de culto. Talvez isso fosse inevitável, por causa das transformações do protestantismo e da sociedade. Todavia, chegou-se a uma situação em que, em nome da liberdade e da espontaneidade, o culto se desvirtuou em muitas igrejas, sendo marcado pela irreverência, superficialidade e preocupação prioritária com