cafe
O Café – a Coffea arábica.
O café entrou no Brasil no início do século XVIII pela região Norte, trazido das Guianas ao Estado do Pará, e aos poucos se espalhou pelo país. Mas foi nas primeiras décadas do século XIX que seu cultivo impulsionou, no Rio de Janeiro, nas áreas do Vale do Paraiba. A expansão cafeeira logo atingiu São Paulo e Minas Gerais.
Essa expansão apoiou-se em condições favoráveis existentes: demanda crescente pelo produto no mercado internacional (Estados Unidos e Europa) e disponibilidades de recursos no Brasil – terras, escravos, equipamentos e meios de transporte.
O Trabalho nos cafezais após a Abolição
A produção do café se estabeleceu na estrutura da economia agrícola de tipo plantation, ou seja, a grande propriedade escravista, monocultora e exportadora. Assim, inicialmente foi utilizado a mão-de-obra escrava do africano nos cafezais.
Escravos carregam sacas de café. Aquarela do dinamarquês Paul Harro-Harring, 1840. Instituto Moreira Salles, São Paulo.
Quando foi proibido o tráfico negreiro pela Lei Eusébio de Queiroz (1850), e a mão-de-obra escrava começou a escassear, substituiu-se o trabalho servil pelo trabalho assalariado de imigrantes estrangeiros.
Imigrantes na colheita de café em fazenda do interior de São Paulo, início do século XX. Cartão Postal, de 4 de maio de 1915.
Na região cafeeira, os imigrantes foram aproveitados para trabalhar na lavoura do café, trabalhando como mão-de-obra assalariada ou sob alguma forma de parceria – quando a produção é repartida entre o colono e o fazendeiro.
A imigração européia para o Brasil teve