Caderno - economia politica
- Macroeconomia keynesiana (Welfare State)
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A idéia de macroeconomia foi introduzida por Keynes; até suas teorias, os neoclássicos se preocupavam, sobretudo, com a microeconomia. A diferença entre macroeconomia e microeconomia reside no foco de análise: a microeconomia trata e parte das empresas e de agentes econômicos isolados, individualizados; a macroeconomia trata de setores econômicos, tem uma visão mais global de aglomerados econômicos.
Keynes acreditava que o capitalismo era altamente instável e problemático; contudo, não acreditava que o sistema devesse ser substituído por um socialismo. Para que o mercado e o capitalismo fossem devidamente regulados, era importante, na visão keynesiana, uma forte atuação estatal. O Estado não é meramente um “tapa-buraco” das falhas do mercado;o mercado, para Keynes, nunca funciona por si só e se autorregula, mas precisa, sem exceção, da regulação pelo Estado. As idéias keynesianas abriram caminho para a estruturação do Estado de Bem-estar Social, associadas às Constituições garantidoras de diretos sociais.
O capitalismo era baseado na incerteza, que limita a racionalidade do homem. Toda vez que surge uma incerteza, o homem mimetiza o comportamento do outro, gerando um efeito manada totalmente anárquico (crise de 19290). O homem prefere sempre a liquidez; ele não se separa facilmente de seu dinheiro. Logo,ele prefere guardar a investir. Como o capitalismo se desenvolve com o crescimento do investimento, é função do Estado incentivar os indivíduos a investir. Caso contrário, o mercado pode ficar estagnado e paralisado, alcançando um estado de equilíbrio que, ao contrário do que defendia Leon Walras, seria ruim. O Estado deve entrar pesadamente na economia para reverter a preferência de homem por liquidez e dar estimulo ao investimento, impedindo o natural mau- funcionamento da economia.