Caderno de subs dios Museu da Arquitetura Oriental
A arquitetura, sempre foi um assunto de grande complexidade para qualquer pessoa, seja ela um cidadão comum sem instrução, ou mesmo um profissional de nível acadêmico. Entender a ideia do profissional que criou certa construção, seus sentimentos, intenções, o porquê das características adotadas, são questões nem sempre fáceis de se encontrar resposta. Sobre tudo, a arquitetura oriental, desde os primórdios até tempos atuais, levanta inúmeras questões projetuais e conceituais. Sua cultura, em alguns momentos contrastante com a cultura ocidental, seus hábitos cotidianos, até mesmo sua alimentação, resultam no processo de produção arquitetônica. Questões sísmicas são os pontos que mais nos levantam questionamentos, uma vez que são fenômenos não comuns em nosso país.
Inúmeros detalhes que fazem o espectador perguntar: “Mas, por que é assim? E não de outra forma?”
Apropriando-se de um lote em pleno bairro da Liberdade, reduto de comércio voltado à cultura oriental, o projeto a seguir visa a criação de um museu, moderno, amplo, que traz desde os tempos mais remotos até os dias atuais, imagens, pinturas, elementos que serviam ou ainda servem como adornos, ferramentas, maquetes, amostras de materiais usados nesse complexo mundo chamado de Arquitetura Oriental. Entenda – se Oriental como os demais países ao redor do Japão, como Coreia do Sul, China, Taiwan, etc.
Capítulo 1: Características Urbanas
O processo de ocupação do bairro pela população japonesa se deu a partir de 1912, por imigrantes vindos diretamente do Japão, ou então das lavouras do interior com o término dos contratos de trabalho. Aqui, começaram a ocupação pela rua Conde de Sarzedas; devido à inclinação dos lotes, a maioria das residências tinham porões, então utilizados como moradias dos imigrantes por possuírem locações mais baratas.
O processo de ocupação foi ocorrendo até 1942, quando o governo Brasileiro ordenou a expulsão dos Japoneses das ruas Conde de Sarzedas e Estudantes após