Cabides com som ajudam deficientes visuais a escolher o que vestir
O cabide tem uma caixa com um gravador embutido. O usuário aperta um botão para gravar as características da roupa de um lado. Do outro, ele escuta o que foi falado. A mensagem pode ter até 20 segundos de duração, e a peça permite inúmeras regravações.
A ideia surgiu de uma conversa de Adriana com a irmã, que é pedagoga e trabalha fazendo adaptações em escolas para portadores de necessidades especiais. O Cabide Visão, como foi batizado a invenção, surgiu depois de oito meses de pesquisa e está em processo de patenteamento. Adriana afirma que, por causa dos altos custos de importação da bateria (o Brasil não produz um modelo semelhante), o cabide custaria hoje, nas lojas, R$ 50. O cabide também tem o conceito de sustentabilidade. É feito com sobras de madeira reciclada.
Chip instalado no acessório armazena mensagens gravadas anteriormente e as reproduz quando botão é acionado. Primeiro modelo já foi aprovado.
Como escolher a roupa no armário? Tarefa difícil para quem não enxerga. “Ele tem que fazer o quê? Tem que memorizar a posição e a textura daquilo que ele guardou dentro do armário”, explica a terapeuta ocupacional Neila Vieira de Souza.
E se o cabide avisasse o que está pendurado nele? “Bom dia, eu sou seu blazer rosa”, anuncia a voz no cabide. A ideia surgiu de duas irmãs donas de uma fábrica em Petrópolis, Região Serrana do Rio. “Minha irmã é pedagoga, trabalha com deficientes visuais. Então os alunos se queixavam muito dessa necessidade organizacional de como se vestir, como melhor aproveitar o seu dia a dia”, lembra Adriana Sêmola, dona da fábrica.
O segredo está em um chip instalado dentro, que armazena as mensagens e é ligado a um alto-falante. É preciso apertar um botão atrás para gravar, como “Esta é a sua camisa azul turquesa”, e ouvir ao acionar outro botão na frente. O cabide também tem o conceito de sustentabilidade. É feito com sobras de madeira reciclada. A dificuldade, por