Cabanagem
O Período Regencial.
O Período liberal:
A aristocracia rural brasileira, principal aliada de D.Pedro I no “grito do Ipiranga”, havia sido surpreendida pelo seu absolutismo, tendo que lhe fazer oposição. Somente em 1831, os latifundiários conseguem colher o fruto de suas lutas políticas, iniciadas no século anterior, trazendo o governo às mãos de um brasileiro.
Logo após a abdicação, formou-se uma REGÊNCIA TRINA PROVISÓRIA, que expulsou os estrangeiros do exército, anistiou os presos políticos e reintegrou o extinto “ministério dos brasileiros”. Com o retorno do funcionamento da Assembléia Geral, inicializa-se uma REGÊNCIA TRINA PERMANENTE, que deveria governar até a maioridade do príncipe herdeiro.
Assim, os fazendeiros constroem um agrupamento político chamado Partido Liberal Moderado, conhecido como “chimangos”, bastante conservador. Não pensavam em abolir a escravidão, nem em proclamar a República; o liberalismo estava presente apenas na tendência à descentralização política. Apoiavam a monarquia constitucional e o voto censitário, sendo ligados ao forte ministro da Justiça Padre Diogo Antonio Feijó.
Profissionais liberais, comerciantes, partidários da industrialização e boa parte da maçonaria organizam-se no Partido Liberal Exaltado (também chamado de “grupo farroupilha” ou “jurujubas”), com propostas como a República e a abolição da escravidão.
O Partido Restaurador (ou “grupo caramuru”), composto por comerciantes de origem portuguesa e burocratas, defendia a volta do ex-imperador ao poder.
Contra esse último grupo, chimangos e farroupilhas unem-se num forte conchavo político, impedindo que os caramurus interferissem nas decisões políticas mais importantes.
Ainda em 1831, a Constituição de 1824 começa a ser alterada, procurando proteger os proprietários rurais de futuras ações absolutistas. O primeiro ato descentralizador foi a criação da Guerra Nacional, organismo paramilitar financiado e dirigido pelos grandes fazendeiros.
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