Cabanagem Trab
No texto Tempestade sobre Belém, o autor mostra a Cabanagem como uma revolução social dos cabanos que explodiu em Belém do Pará, em 1835, deixou mais de 30 mil mortos. Este movimento matou mestiços, índios e africanos pobres ou escravos, mas também dizimou boa parte da elite.
O principal alvo dos cabanos era os brancos, especialmente os portugueses mais ricos. A grandiosidade desta revolução extrapola o número e a diversidade das pessoas envolvidas. Ela também abarcou um território muito amplo. Nascida em Belém do Pará, a revolução cabana avançou pelos rios amazônicos e pelo mar Atlântico, atingindo os quatro cantos de uma ampla região. Chegou até as fronteiras do Brasil central e ainda se aproximou do litoral norte e nordeste.
Contrastando com este cenário amplo, a Cabanagem normalmente foi, e ainda é, analisada como mais um movimento regional, típico do período regencial do Império do Brasil. No entanto, os cabanos e suas lideranças vislumbravam outras perspectivas políticas e sociais. Eles se autodenominavam "patriotas", mas ser patriota não era necessariamente sinônimo de ser brasileiro. Este sentimento fazia surgir no interior da Amazônia uma identidade comum entre povos de etnias e culturas diferentes. Indígenas, negros de origem africana e mestiços perceberam lutas e problemas em comum. Esta identidade se assentava no ódio ao mandonismo branco e português e na luta por direitos e liberdades. Todo o processo é o objeto central deste artigo. Ele começa esclarecendo alguns antigos olhares da historiografia da Cabanagem sobre suas lideranças e as motivações cabanas para a luta.
O texto achado na internet no site historiabrasileira.com retrata a Cabanagem como uma revolta popular iniciada no Pará em 1835, marcada por seus acontecimentos sangrentos contra o autoritarismo do governo, além da forte repressão do governador Bernardo Lobo de Sousa, que assumiu em 1833 o lugar de um candidato nomeado pela regência expulso pela população local.