Caatinga
Embora a diversidade de plantas e animais em ambientes áridos e semi-áridos seja menor que nas luxuriantes florestas tropicais, os desertos apresentam plantas e animais adaptados a suas condições extremas, o que os torna ambientes com alta taxa de endemismos de fauna e flora. No Brasil, não existem desertos, mas uma região semi-árida, com características e espécies únicas. A Caatinga é o único bioma restrito ao território brasileiro, ocupando basicamente a Região Nordeste, com algumas áreas no Estado de Minas Gerais. A vegetação da Caatinga não apresenta a exuberância verde das florestas tropicais úmidas e o aspecto seco das fisionomias dominadas por cactos e arbustos, sugere uma baixa diversificação da fauna e flora. Para desvendar sua riqueza, é necessário um olhar mais atento, mais aberto. Assim ela revela sua grande biodiversidade, sua relevância biológica e sua beleza peculiar.
GEOGRAFIA
Exclusivamente brasileiro, o principal bioma da região Nordeste, a Caatinga, ocupa aproximadamente 11% do país (844.453 km) e abriga 28 milhões de pessoas. A Caatinga se estende por todos os estados do Nordeste e norte de Minas Gerais. Bioma menos conhecido do país e, por isso, pouco valorizado, a Caatinga é , ao contrário do que se pensa, muito rica em espécies vegetais e animais, sítios arqueológicos e manifestações culturais, sendo fundamental para o desenvolvimento do Semiárido Brasileiro. De todas as regiões semiáridas do planeta, a Caatinga é a mais rica em biodiversidade.
CLIMA
A caatinga tem uma fisionomia de deserto, com índices pluviométricos muito baixos, em torno de 250 a 900 mm anuais. Enquanto que as médias mensais de temperatura variam pouco na região, sendo mais afetadas pela altitude que por variações em insolação, as variações diárias de temperatura e umidade são bastante pronunciadas, tanto nas áreas de planície como nas regiões mais altas do planalto.
No planalto, os afloramentos rochosos ficam mais expostos,