Caatinga
Até o final do ano, estarão sendo instaladas torres de monitoramento de gás carbônico nos municípios de Araripina e em Petrolina, no Sertão pernambucano, que, por meio delas, será possível fazer um estudo entre o nível de CO2 inserido na Caatinga degradada e na conservada. Em Araripina, será analisado o Bioma degradado e em Petrolina, o conservado. A comparação permitirá identificar o tempo que a Caatinga leva para se degradar.
A capacidade de a Caatinga absolver gás carbônico também será estudada pelo Projeto. Comprovando-se cientificamente essa característica, a preservação do Bioma, que é fundamental por questões ambientais, poderá ser um fator econômico importante para as cidades de clima árido e semi-árido.
De acordo com a coordenadora do Muclipe, Francis Lacerda, que também é coordenadora do Lamepe - órgão que desenvolveu o Projeto, caso se comprove que a Caatinga seqüestra gás carbônico do ambiente, o negócio internacional com créditos de carbono pode ser uma nova opção econômico-financeira para os municípios do Sertão nordestino.
O crédito de carbono é uma maneira de compensação financeira, que os países desenvolvidos pagam pela redução da emissão dos gases de efeito estufa e o aquecimento global. É um tipo de moeda que se pode obter em negociações internacionais com esses países. Ou seja, quem retira carbono da atmosfera pode negociar financeiramente pela iniciativa, diz Francis.