Burger King no Canada
Jon Hartley, cofundador da Real Time Macroeconomics LLC, explica na Forbes que a proposta da Burger King é um reflexo do ambiente fiscal mais favorável do Canadá.
A Burger King propôs uma “inversão fiscal” – fazendo a incorporação de uma empresa estrangeira (neste caso, uma cafeteria com donuts popular no Canadá, a Tim Horton’s) e transformando-se em uma empresa societária, novamente, no exterior. Uma vez que os acionistas da Tim Horton’s passam a ser os proprietários de pelo menos um quinto das ações da Burger King após a incorporação, a Burger King já não será mais considerada uma empresa americana para fins fiscais.
Por que a Burger King se mudaria?
A taxa de imposto sobre as sociedades no Canadá é de 26,5 por cento – quase 10 pontos percentuais abaixo da taxa de IRPJ nos Estados Unidos, que é de 35 por cento.
De acordo com a empresa de auditoria KPMG, o Canadá tem o sistema fiscal mais favorável para negócios, entre todos os países desenvolvidos.
Quando se compara com o que as empresas têm de pagar em impostos nos Estados Unidos, os impostos no Canadá são de apenas 53,6 por cento da carga tributária dos EUA. (Para o Reino Unido, esse número é de 66,6 por cento e para os Países Baixos, 74,5 por cento.)
Os impostos não são baratos nos EUA (a Burger King pagou 88,5 milhões de dólares em impostos em 2013), e a proposta da Burger King põe em evidência como um regime fiscal oneroso pode mudar o comportamento das empresas.
* NATIONAL CENTER FOR POLICY ANALYSIS
Artigo na íntegra: Jon Hartley, “Burger King’s Tax Inversion and Canada’s Favorable Corporate Tax Rates,” Forbes.com, August 25, 2014.