Bullying
Introdução
As manifestações violentas dentro das escolas se intensificaram nos últimos tempos, levando educadores, pais e alunos a buscarem ajudam fora dela para tentar superar essa crise. Tais cenas denotam o cotidiano de uma instituição que parece estar mais preocupada com os conteúdos acadêmicos e menos atenta ao que mais prejudica e intensifica os problemas de aprendizado: os problemas afetivos e as relações interpessoais dos alunos.
Por certo, não somente a escola sofre uma crise moral e ética. Essa mesma sensação de valores em crise vive a sociedade em geral. Seus cidadãos parecem se importar muito mais com a fama, a cultura do corpo, o prestigio, do que com cenas constantes de injustiça a que somos acometidos nas decisões dos planaltos, ou mesmo nas ruas de onde moramos.
Desenvolvimento
Nas mais variadas pesquisas, evidencia que a maioria dos jovens contemporâneos só consegue se indignar quando uma injustiça ou uma agressão ocorre com alguém próximo a eles, como alguém da família ou algum amigo, alguém que faz parte do campo privado e não de qualquer ser humano. Isso significa que esses jovens não estão dispostos a buscar uma vida boa “com e para” o outro, e sim, somente para si e para “alguns outros, poucos”.
O que se nota, são pessoas alheias umas as outras e o outro é visto muitas vezes como um adversário a ser superado. A ideia de coletividade não aparece na família, na escola, no trabalho, o que existe é apenas a convivência e tolerância ao outro.
Nesse contexto, são comuns situações nas quais indivíduos são ofendidos, insultados, agredidos, assediados, ameaçados, difamados, mal tratados, intimidados, assassinados. Muitos desses atos ocorrem dentro das escolas. Uma manifestação violenta contida nesse espaço social tem chamado à atenção de pesquisadores no mundo todo: o Bullying. Chamamos de Bullying uma forma de maltrato em que um aluno, longe dos olhos do adulto, promove uma ação violenta com a