1. INTRODUÇÃO Vivemos um aumento de todos os tipos de violência no cenário escolar mundial, protagonizada principalmente por alunos em idade juvenil, ocasionadas segundo Farrington (2002) por fatores psicológicos, familiares, relativos a colegas, condição socioeconômica, vizinhança e circunstanciais, que necessitam de programas de políticas públicas eficazes de combate. A escola, como ambiente onde ocorre a maior parte das violências juvenis, na pessoa dos seus profissionais de ensino, tem sentido a necessidade urgente de se posicionar frente a determinados tipos de violência, pois tem constatado na sua prática educativa o comprometimento não só do processo pedagógico, mas da sua função maior, de transformação social. Ainda segundo Farrington (2002, p. 51): “Chegou a hora de investir em prevenção centrada nos riscos, não apenas para combater a violência e a criminalidade, mas também para melhorar a saúde física, mental e o sucesso na vida.” Em meio a tantas formas de violência uma tem se disseminado em todas as escolas, talvez porque durante muito tempo foi negada sob a conotação de uma brincadeira típica da vida estudantil; o bullying. Temos visto na prática a manifestação do bullying se estender aos vários segmentos da sociedade, se intensificando nas escolas públicas ou privadas, inclusive na realidade do CIEP Brizolão 188 – Mariano Flor Cavalcante, onde a maior concentração deste fenômeno ocorre principalmente entre os adolescentes, alunos do 2º segmento do Ensino Fundamental, cuja fase de desenvolvimento humano se enquadra na maior predominância deste tipo de comportamento violento. Mediante a realidade em questão e baseados nos saberes que segundo Freire são necessários para que o professor consiga exercer sua prática educativa, onde entendendo profundamente sua realidade, possa intervir eficientemente sobre ela, pois conforme afirma (1996, p.29): “Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo, educo e me