Bulliyng
Vivemos num mundo cada vez mais interconectado. Graças aos veículos de comunicação e a convergência das mídias, podemos saber o que está acontecendo em várias partes do planeta ao mesmo tempo. Numa época assim, marcada também pela crescente preocupação com o meio ambiente, é fácil nos depararmos com cenas de degradação ambiental que causam repulsa. A percepção do problema é muito maior do que o entendimento da causa, ou seja, vemos e nos incomodamos com as consequências, mas muitas vezes não percebemos que aquela situação trágica é formada pelas nossas próprias atitudes.
A cena de um rio poluído, lotado de garrafas pet, pneus, sacos plásticos e sucata nos remete à lembrança do pescador que içou uma bota em vez dos peixes. Mas não nos preocupamos muito com o fato de jogarmos um toco de cigarro na rua, ou mesmo um papel de bala. Ou, quando estamos com preguiça, em vez de jogar o filete de plástico que sela o maço de cigarros no lixo reciclável - já que ninguém está vendo - jogamos ali mesmo num cantinho.
Quando estamos com pressa é comum estacionarmos em qualquer lugar, sem pensar muito se nossa atitude está prejudicando o tráfego de outros veículos. Mas quando estamos voltando para casa, ou mesmo indo para um compromisso urgente, ficamos revoltados com um engarrafamento provocado por cinco ou seis motoristas que – por estarem com pressa – resolveram estacionar em qualquer lugar sem pensar se estão prejudicando alguém. Ou seja, fizeram a mesma coisa que nós fizemos dias antes.
Preocupamos com o aquecimento global e sabemos que a emissão de gás carbônico, oriundo da queima de petróleo, é um dos fatores que mais contribui para o acúmulo de gases potencializadores do efeito estufa. Mas diariamente entramos sozinhos em nossos carros – que pesam mais de uma tonelada e em geral comportam cinco pessoas - e percorremos um trajeto pequeno em direção ao trabalho, emitindo tranquilamente nossa cota de CO2.
Sabemos muito sobre a importância de