Budismo
A qualificação do budismo é um tanto quanto complexa. Para os seus seguidores, ele não é considerado apenas como uma religião, mas também um sistema ético e filosófico de vida, não teísta, isto é, sem Deus, que consiste na busca pela iluminação espiritual através do ensinamento de como superar o sofrimento e atingir o nirvana – estado total de paz e plenitude - por meio da disciplina mental e de uma forma correta de vida.
Entretanto, é correto classificar esse sistema como uma religião porque possui todas as atribuições de uma prática religiosa: possui mosteiros, altares, discípulos, rituais específicos, entre outras características.
2. História da seita - ORIGEM
O budismo surgiu na Índia, por volta do século VI a.C, como uma facção dentro do hinduísmo, uma oposição a algumas de suas características como o culto a muitas divindades, a ênfase no sistema de castas e ao poder da classe sacerdotal hinduísta.
Seu fundador foi Sidarta Gautama, um príncipe hindu do nordeste da Índia, nascido por volta de 560 a.C, filho do chefe da família Gautama e líder de um clã da casta dos guerreiros que viviam onde hoje é o Nepal. Seu nascimento, como o de Jesus e de Maomé, foi objeto de muitas análises, incluindo a narrativa de uma concepção sobrenatural. Os relatos de sua vida estão cheios de fatos reais e lendas, difíceis de serem distinguidas historicamente entre si. Mas as narrativas relatam que Sidarta Gautama vivia num palácio longe da miséria, tendo crescido no meio do luxo e da fortuna, impedido por seu pai de conhecer as carências e o sofrimento do mundo que ficava além das muralhas do palácio. Apesar da proibição do pai, ele se arriscou a sair do palácio e viu, pela primeira vez, um velho, um homem doente e um cadáver, cenas que mudaram sua vida.
Educado segundo a crença de contínuos renascimentos através de incontáveis eras subseqüentes (reencarnação), a perspectiva de doença e morte se repetindo interminavelmente tornou-se terrível para