BRUXAS
Paola Basso Menna Barreto Gomes Zordan, no artigo Bruxas: Figuras de poder trás um conjunto de ideias e teorias sobre o que ocorreu com as mulheres na época da Idade Média, sendo muitas delas retratadas como figuras de bruxas que dominavam a magia, possuíam poder mágico e eram aliadas do demônio.
Quando se fala sobre bruxa imagina-se uma velha com verruga ou uma donzela de bela aparência que seduz os homens. No entanto, essas mulheres consideradas bruxas estavam à frente de seu tempo.
Quando a igreja começou a “trabalhar” na divulgação do cristianismo pelo mundo, muitas culturas, ritos e costumes foram perseguidos e rotulados como pecaminosas, porque ameaçavam a igreja e seu poder, tornando-se para eles então de algum modo adversária do homem, afrontando assim com o patriarca e a igreja.
As mulheres nesse processo histórico foram então “rotuladas” bruxas, as quais pagaram o preço com própria vida, por possuírem conhecimento sobre ervas medicinais, lidar com doenças, serem parteiras e lidarem com nascimento, morte.
Nos dias de hoje essa imagem da bruxa é pregada ainda, no entanto, como disse a autora, à “sociedade” precisava naquela época controlar o feminino “selvagem” para que se dobre ao masculino “civilizado”.
Um verdadeiro massacre contra o sexo feminino, o qual a igreja com tanta influência na época, e outras instituições de poder, fez das bruxas (mulheres) um dos elementos mais perversos produzidos na sociedade patriarcal.
Segundo a autora, elas foram vinculadas também como um ser propenso a pecar, relacionando-as com o pecado original, quando oferece a Adão o fruto proibido, e então ela é “pintada” como colaboradora do demônio e inimiga de Deus, tornando-a protagonista de inúmeras condenações.
A autora argumenta que mesmo com tanto poder, a bruxa não podia disputar o espaço central do homem (Demônio), porque se realizasse algo sem ajuda do poder do diabo