Bronzeamento Artificial
Rev Saúde Pública 2004;38(4):588-98 www.fsp.usp.br/rsp Review
Revisão
Bronzeamento e risco de melanoma cutâneo: revisão da literatura
Suntanning and risk of cutaneous melanoma: a literature review
Sonia R P de Souzaa, Frida M Fischerb e José M P de Souzac a Departamento de Medicina Preventiva. Faculdade de Medicina. Universidade de São Paulo. São
Paulo, SP, Brasil. bDepartamento de Saúde Ambiental. Faculdade de Saúde Pública. Universidade de
São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. cDepartamento de Epidemiologia. Faculdade de Saúde Pública.
Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil
Descritores
Melanoma, epidemiologia. Raios ultravioletas, efeitos adversos.
Conhecimentos, atitudes e prática em saúde. Pesquisa. Bases de dados bibliográficas. Exposição ambiental.
Melanoma, prevenção e controle.
Resumo
Estudos epidemiológicos sugerem a relação entre comportamentos relacionados ao bronzeamento e risco elevado de melanoma. Nesse sentido, realizou-se revisão sobre essa temática que abrangeu o período correspondente aos anos de 1977 a 1998. Foram pesquisadas as bases de dados Medline e Embase (Excerpta Medica). A análise mostrou que entre os jovens, apesar do conhecimento sobre os riscos da exposição excessiva à radiação ultravioleta e sobre as práticas visando à proteção da pele, prevalece o hábito de expor-se intencionalmente ao sol. Esse hábito é alimentado por crenças e atitudes em relação ao bronzeado e estimulado por influência do grupo e de pessoas consideradas “referências”. As práticas mais freqüentemente adotadas para bronzear a pele apresentam risco elevado para o desenvolvimento de melanoma. Conclui-se que a forma mais eficaz de prevenir o melanoma é divulgar nos meios de comunicação que a pele bronzeada não é saudável, pois foi danificada pela radiação ultravioleta solar; e iniciar campanhas com ações efetivas para mudar comportamentos, naquilo que os motiva e os alimenta.
Keywords
Melanoma, epidemiology.