BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA EM ALAGOAS
A história da música em alagoas é contada pelo povo nas inúmeras realizações produtivas de seus músicos, compositores, intérpretes, apreciadores e também uma pequena produção escrita. O livro “Alagoas e seus Músicos” de Joel Belo Soares, “Cadernos de Compositores Alagoanos” publicados pelo curso de Música nos anos oitentas, O “Song Book” da Academia Musical e alguns textos publicados na internet por pesquisadores independentes são exemplos de contribuições para o registro de nossa música.
Para um entendimento mais simplificado da questão iremos dividir a história da música alagoana em três períodos básicos. O primeiro que vai da segunda metade do século XIX até meados do século XX; o segundo com as décadas de sessenta, setenta e oitenta; por fim, o período contemporâneo entendendo-se dos anos noventa aos dias atuais. É bom que se diga, entretanto, que todo o discurso aqui produzido torna-se hipotético mediante a ausência de pesquisa que reúna em documento oficial a história da música em Alagoas. Esses períodos como são de supor, estão associados aos movimentos surgidos no Brasil recebendo, pois, suas influências. Só para ilustrar, no início do século XX o movimento dos chorões e sambistas pelo reconhecimento profissional da classe foi de relevância ímpar para a música de todo o país. A partir de então, o divisor de águas na figura de Heitor Villa-Lobos, apareceu propondo à música brasileira uma identificação característica. Foi Villa-Lobos, depois de excursionar pelo Brasil com suas pesquisas sonoras, quem anunciou para o mundo que a música aqui produzida tinha forma.
Por essa época era comum o músico alagoano estudar no Rio de Janeiro com professores ligados aos movimentos nacionais como Arminda Villa-Lobos, Souza Lima e, entre outros. Carmen Xavier de Almeida, Esther da Costa Barros, Maria de Lourdes Caldas (estudou, por exemplo, com Arminda), Heckel Tavares (aluno de Souza Lima) são alguns dos muitos músicos que se