Breve história da moda, por raphael chagas
No Renascimento há toda uma inovação no modo de pensar, o que também mudou os conceitos de como se vestir, aumentando a necessidade, principalmente da nobreza e burguesia de adquirir roupas da moda, o que impulsionava o aumento de trabalho para as pessoas que costuravam. Segundo Janice Theodoro:
“Roupas com ombros almofadados, cinturas justas, sapatos com bicos extravagantes caracterizaram as novas aspirações de uma população pobre ansiosa por desfrutar as cores e o luxo contido em todo o seu imaginário. Em meio a essas mudanças ocorridas como crescimento do comércio e da vida urbana, sentiam-se livres para descobrir novas formas, novas cores, novos mundos.” (“Descobrimentos e Renascimentos” SP / Contexto 1991)
A partir de tais mudanças, as revoluções na moda não pararam de mudar, impulsionadas por fatores externos ou internos, como por exemplo, a Revolução Francesa. Maria Antonieta, a rainha da França, era extremamente vaidosa, usava vestidos exclusivos e chapéus exóticos, o que despertou o desejo das jovens nobres e a ira da população pobre que sequer tinha o que comer. Conforme Caroline Weber:
“No lado mais extravagante, uma de suas modas mais características foi o pouf, um oscilante penteado, feito com muito talco, que recriava cenas rebuscadas de eventos correntes (como uma vitória naval contra os britânicos ou o nascimento de um eminente duque francês) ou de idílios bucólicos imaginários a que não faltavam moinhos, animais pastando, camponeses na faina e riachos murmurantes. Menos ostentosos, mas igualmente inovadores eram os graciosos e desestruturados vestidos chemise, que a rainha veio a apreciar como uma reação contra as rígidas armações de saias e os espartilhos de barbatana de baleia usuais na corte.” (Rainha da Moda, Editora Zahar, Rio de Janeiro [p. 13-14])
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