Brasil colonia de banqueiros
Ex-Presidente da Academia Brasileira de Letras
BRASIL
Colônia de Banqueiros
(História dos empréstimos de 1824 a 1934)
Rio de Janeiro - 1936
BARROSO, Gustavo. BRASIL – Colônia de Banqueiros (História dos empréstimos de
1824 a 1934). 5. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira S/A, 1936.
ÍNDICE
________________
Cap. I
OS EMPRÉSTIMOS DA MONARQUIA
5
Cap. II
OS EMPRÉSTIMOS DA REPÚBLICA
34
Cap. III
OS EMPRÉSTIMOS DOS ESTADOS
52
Cap. IV
OS EMPRÉSTIMOS DOS MUNICÍPIOS
62
Cap. V
OS EMPRÉSTIMOS E A MOCIDADE BRASILEIRA
67
Cap. VI
O CONDOR PRISIONEIRO
75
ESQUEMAS E MAPAS
80
APÊNDICE
77
BIBLIOGRAFIA
103
2
“Trotski e Rotschild marcam a amplitude das oscilações do espírito judaico; estes dois extremos abrangem toda a sociedade, toda a civilização do século XX.”
(Opinião do judeu Kadmi citada em Léon de Poncins - "Les forces sécrétes de la Revolution").
.
4
CAPÍTULO I
OS EMPRÉSTIMOS DA MONARQUIA
(1824-1889)
“Ousei rasgar o espesso e misterioso véu que cobria o
Tesouro, persuadido de que a desconsolação pública e a extinção do patriotismo andam a par da miséria pública; de que a ruína dos Estados, a queda dos Impérios são conseqüências das desordens das finanças”.
(Relatório do Ministro da Fazenda, Manuel Jacinto
Nogueira da Gama, Visconde de Baependi, em 1823).
5
Em 1818, o viajante inglês Henry Koster, depois de nos ter visitado e observado, escrevia que o Brasil mudara de metrópole, cessando de “depender de Portugal para se tornar colônia da Grã Bretanha1.” O conceito era pesado, mas justo.
E acrescentava outro, bebido no que ouvira, durante a sua estadia: o de que no nosso país só os ingleses podiam viver bem. “O inglês reinava mercantilmente sobre a inépcia portuguesa”, afirma Oliveira Martins2. Reinaria, portanto, conseqüentemente, sobre a então melhor colônia do Reino.
Esse domínio vinha de longe, da tratado Methuen de 1703,