Brasil 1930
A campanha presidencial para a sua sucessão de Washington Luís, ocorrida em fim de 1929, foi bastante turbulenta. Embora pelo acordo entre São Paulo e Minas Gerais a tarefa de indicar o sucessor do então presidente coubesse a Minas Gerais, Washington Luís insistiu em indicar outro paulista para sucedê-lo, o governador de São Paulo Júlio Preste. Em virtude disso, políticos de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul e da Paraíba, descontentes, formaram a Aliança Liberal e lançaram a candidatura do gaúcho Getúlio Vargas à presidência.
Em março de 1930, o candidato Júlio Preste vence a eleição. O resultado, porém, foi contestado pela Aliança Liberal. Sem acordo político possível, sobre como agir diante desse resultado, a Aliança se dividiu e alguns aliados de Vargas recusaram-se a aceitar a derrota eleitoral, clamando por uma revolução que restaurasse a moralidade republicana.
Vargas tomou uma série de decisões centralizadoras que repercutiram na economia e na política do país, como a dissolução do Congresso Nacional e dos legislativos estaduais e municipais.
Os interventores, homens de confiança indicados pelo presidente, substituíram os governadores dos estados. Para o governo de São Paulo, foi designado o interventor João Alberto, militar não paulista. A decisão desapontou não só diferentes setores da burguesia paulista, adversários declarados de Vargas.
João Alberto demitiu-se do cargo em virtude do aumento da pressão interna dos democratas e dos republicanos paulistas. Entre novembro de 1931e fevereiro de 1932, formou-se, então, a frente Única Paulista (FUP). São Paulo concentrou o maior foco de reação contra o governo varguista.
Nos primeiros meses de 1932, o movimento radicalizou-se em São Paulo após a morte de estudantes de Direito durante uma manifestação popular. Formou-se, então, o movimento MMDC(sigla composta pelas iniciais dos sobrenomes de quatro dos jovens estudantes mortos: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo).
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