Bovinos: Raças Inglesas
01.2010
A raça Aberdeen Angus
Um testemunho sobre a excelência da sua qualidade
José Estevam Matos
Departamento de Ciências Agrárias, Centro de Biotecnologia
Universidade dos Açores
Introdução
Contactei, pela primeira vez, com a raça Aberdeen Angus, na República da África do Sul.
Por lá, emigrado, à força, trabalhei então, como “farming manager”, para um grupo de fazendas de produção de carne, de 2.000 vacas de ventre, cujo objectivo principal era o de produzir bezerros desmamados para abate; cerca de 1.000 por ano. A maior parte das vacas eram das raças Africânder e Brahaman, animais muito bem adaptados ao clima quente e árido, como era o caso, no Calaári, junto às cidades de Kuruman e Vryburg. Estas vacas eram cruzadas com toiros de raça europeia, das raças Aberdeen
Angus, Shorthorn (de carne), Hereford e Simentaler. Dessa minha experiência resultou a convicção da excelência do Angus, da sua excelente adaptação a condições difíceis, dando origem a animais que manifestavam grande vigor híbrido; muito boa conformação, sendo muito procurados pelo mercado do “baby beef” pela excelência da sua carne. Já nos Açores, e mais recentemente, sugeri que se realizassem alguns cruzamentos AngusxHolstein, na Granja da Universidade dos Açores, com o principal objectivo de se obterem vacas de amamentação, com a finalidade comprovar a sua mais valia em cruzamentos com uma terceira raça terminal. Infelizmente, porque nem sempre conseguimos os financiamentos necessários para realizar este tipo de trabalhos, não foi possível prosseguir com o trabalho. Pudemos no entanto comprovar a mais valia da raça Angus na cobrição das novilhas de leite, no que toca à facilidade partos.
São muitos os aspectos, factores, ou caracteres, que po-
dem contribuir para o sucesso de uma raça na exploração de carne:
No Período de Cria
• Fertilidade
• Longevidade
• Tamanho da Vaca
• Peso do Vitelo ao Nascimento
• Facilidade de Parto
• Habilidade materna