Bordeau, Georges - conclusao O ESTADO SUPORTE DO PODER POLiTICO

APRECIAÇÃO DO TEXTO “O ESTADO, SUPORTE DO PODER POLÍTICO” DE
GEORGES BORDEAU
O PODER POLÍTICO
CONCLUSÃO

O ser humano é necessariamente social, e para tanto, exige uma sociedade, a qual não presume um Estado formal mas sim um estado de agregação que favoreça o desenvolvimento do grupo. A condição de existência desses grupos primitivos era a coexistência pacífica de seus componentes, pois se ocorressem litígios a sociedade estaria seriamente ameaçada. Nasce a necessidade de um poder, que exerça coerção para impedir que as paixões e vontades humanas, intrínsecas e perigosas, se tornem crimes.
Esse poder, quando obra para a construção de um bem não para si mas para a sociedade, pode assim ser chamado de político e como isso acontecia na maioria dos casos, esse poder nasce com caráter político ao modo de que tende a preservar a sociedade em que se insere. Formamos um silogismo já que o ser humano é social, e a sociedade na maioria das vezes presume um bem socializado para sua preservação o que presume política, logo o ser humano na maioria das vezes pressupõe uma política de continuidade pela própria característica humana, a passionalidade forte coexistente com uma racionalidade forte.
A criação do Estado vem de uma abstração e da necessidade humana de limitar o humano, da necessidade de transformar o poder hereditário/dinástico/monárquico fazendo-o independer do governante, tornando-o uma instituição. Uma instituição sobrevive ao homem, dá continuidade ao plano que a sociedade espera que o governo tome e que não pode ser interrompido por um ou outro homem porque diz respeito a toda a sociedade. O Estado é a instituição perene procurada, acima de todos os homens e soberano dos próprios monarcas. Quando se submete monarcas a instituições se institucionaliza o poder, o que é uma conquista racional que dá segurança a uma determinada sociedade porque o poder não é mais algo arbitrário, pois a força do Estado é a justificação de sua obediência.
Nesse processo deduz-se que a