bolsa de valores
As bolsas de valores, embora ainda não tivessem esse nome, foram instituídas oficialmente no país por meio de vários decretos imperiais em 1851, que tratavam da intermediação de negócios no Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Maranhão e Pará. Foi estabelecido, por exemplo, que no Rio de Janeiro "a Casa da Praça do Comércio [era] o único lugar competente para a reunião de corretores".
Em 1890, Emílio Rangel Pestana fundou a Bolsa Livre de São Paulo, no contexto da modernização da economia do país, empreendido pela República inaugurada no ano anterior. A iniciativa durou apenas 14 meses, pois não resistiu à crise financeira que decorreu à política econômica de Rui Barbosa.
Em 1895, deu-se prosseguimento ao projeto com a fundação da Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo, organizada por corretores, que passaram a ser nomeados e destituídos pelo governo.
Nessa época, os corretores se reuniam ao redor de uma balaustrada e os negócios realizados eram registrados numa enorme pedra negra. Por isso, esse período ficou conhecido como Idade da Pedra.
Em 1917, um grupo de agentes de negócios fundou a Bolsa de Mercadorias de São Paulo, com objetivo de organizar o mercado a termo no estado, no intuito de proteger compradores e vendedores das oscilações dos preços dos produtos agrícolas.
Paralelamente, na Bolsa de Fundos Públicos, os negócios com ações, câmbio e títulos públicos aumentavam. Em 1934, a Bolsa se instalou no Palácio do Café, no Pátio do Colégio, e no ano seguinte passou a chamar-se Bolsa Oficial de Valores de São Paulo. Os negócios eram realizados na Corbeille, um balcão circular ao redor do qual se sentavam os corretores oficiais e onde eram apregoados os valores das ações. Esses corretores eram nomeados pelo poder público. Esta configuração durou até a década de 1960.
Em 1965, com o aumento dos negócios, a figura do Corretor Oficial foi substituída pela Sociedade Corretora. A Bolsa deixava de estar subordinada à Secretaria da Fazenda,